Se você estiver de pé em frente ao seu colchão, tem coragem de abrir os braços e se deixar cair? Ou você fica paralisado e não consegue?
Muitas vezes já me disseram que isso tem a ver com relaxamento e confiança. Será que você consegue relaxar a ponto de se jogar? E será que você confia que a queda não vai te causar nenhum dano?
Bom, isso varia de uma pessoa para a outra, a gente sabe. O que queria registrar hoje é que é possível traçar um paralelo disso com as nossas relações pessoais. Quando tudo está dando errado ou quando a correria mal nos deixa respirar, precisamos não apenas de relaxar, mas de nos jogar nos braços de alguém com o qual temos uma relação de confiança, para desabar sem medo de machucar, sabe?
No melhor dos mundos, isso é uma via de mão dupla. Por isso, muitas vezes também somos esse colchão na vida de alguém, aquela pessoa para a qual correm e desabam. E a gente segura as pontas, é claro, não apenas pela relação de confiança estabelecida, mas porque também aguentamos aquele peso temporário em nossas vidas.
E assim segue, umas horas a gente cai, outras horas precisamos cair. Se tem o que nos ampare, tá tudo certo.
Só que essa é uma situação ideal, né? O mais complicado (mudando a metáfora, porque sou cheio disso) é quando somos a última peça de um dominó enfileirado, sabe? Todas as outras vão caindo e sendo amparadas. A última não, coitada. Vai direto pro chão, sem apoio.
Aí você pensa: “mas a altura é tão pequena, que exagero!”. Será? Quem sabe o tamanho da queda é quem caiu, meu caro.
E aí, como é pra você? Tem algum colchão sempre pronto te esperando caso precise cair? E você consegue se jogar sem medo? Ou fica aquela pontinha de receio de ser a última peça do dominó?
Pensa nisso com carinho, às vezes você não sabe onde ou se pode cair. Mas sempre pode. E precisa! 😊